Alguém só é considerado fluente quando é capaz de falar como nativo? Essa é uma pergunta muito frequente para os estudantes de qualquer idioma. Na verdade, o senso comum diz que a resposta é sim. Mas não é bem por aí, a ideia da fluência ser alcançada somente quando se consegue se expressar como nativo abre diversos outros questionamentos.
Primeiro, o que seria uma fala perfeita? Não existe certo nem errado quando se nos referimos às variações linguísticas.
Uma coisa são erros gramaticais que podem ser cometidos, mas menosprezar alguém – ou um grupo de pessoas – devido ao seu sotaque, gíria e afins soa pejorativo. Afinal, como disse a renomada autora Amy Chua: um sotaque é um sinal de coragem.
Ser fluente é falar como nativo?
Bem, para esclarecer toda a situação vamos pegar o Brasil como exemplo. Vivemos em um país com proporções continentais e como resultado disso existem várias variações linguísticas por aqui.
Das cinco regiões existentes, cada uma têm suas próprias gírias, expressões, regionalismos e certos modismos típicos que representam os falantes de determinada região. Segundo esse ponto de vista, então seria correto dizer que nenhum brasileiro é um falante nativo?
Entende como é errado dizer que para ser fluente é necessário falar como nativo? Porque dessa maneira, estaríamos menosprezando todo o dialeto de um determinado lugar apenas para exaltar/estabelecer que a forma de se expressar da região “x” é a correta.
É possível abrir ainda mais o leque e falar de países como Portugal, Angola, Moçambique e outras nações que compartilham o idioma lusófono (o português e suas variantes). Cada um destes possui suas próprias características de linguagem e todas elas estão corretas, pois são variantes da mesma língua.
Esse fenômeno não se restringe apenas ao português, o inglês por exemplo – é o idioma mais falado do mundo e vários países o tem como língua oficial –, também possui enormes variações linguísticas.
É realmente necessário falar como nativo?
Segundo o próprio dicionário, a palavra fluência é uma característica de algo que flui; fluidez – e no sentido figurado é um atributo de naturalidade; espontaneidade.
Se baseando nisso, o simples fato de conseguir manter uma conversa fluída em um idioma que não seja a sua língua materna, onde você é capaz de falar coerentemente e entender o que ouve sem muito esforço, já é um sinal de fluência. Claro, não basta apenas ser capaz de manter um diálogo, também é preciso ler e escrever sem muita dificuldade.
Bem, a verdade é que a fluência só virá após muitos anos de prática e estudo, não é algo que é possível alcançar do dia para noite. Por isso é preciso ter paciência (muita paciência, bota paciência nisso), já que normalmente tal processo leva anos até ser concluído.
Muitas pessoas recorrem a uma vivência no exterior para atingir o objetivo de falar como nativo, ou seja, conseguir se expressar facilmente em inglês, mas é possível criar situações de imersão sem precisar sair do país e olha, a Be-live é especialista nesse tipo de atividade 🙂
Dicas para se tornar fluente em outra língua
Falar como nativo é a meta de muitas pessoas, especialmente a língua inglesa, que a cada dia se torna mais necessária neste mundo globalizado em que vivemos. Ao dominar o inglês, nós temos mais chances de conseguir maiores oportunidades no meio profissional, acadêmico e até mesmo social.
Pensando em como te ajudar a alcançar a fluência com mais facilidade, separamos algumas dicas que podem ser de grande ajuda para dominar o inglês ou qualquer outro idioma que seja seu objetivo.
1. Não se estresse com o sotaque
Esse é um receio (e até mesmo vergonha) bem natural que qualquer estudante passa. Mas não é necessário se preocupar com sotaque, apenas se empenhe para pronunciar corretamente as palavras e assim evitar eventuais mal-entendidos.
Tenha em mente que falar como nativo é extremamente difícil – basicamente somente nativos conseguem se expressar como tal. Você será apenas o brasileiro se esforçando para aprender outro idioma e está tudo bem em soar dessa maneira, procure apenas se comunicar com as pronúncias corretas e nada mais.
Lembra da coragem, citada por Amy Chua? É muito confortável ficar apenas com seu idioma, sem nunca sair da zona de conforto. Se você saiu da sua e está falando uma nova língua, já é alguém incrível e forte!
2. Use e abuse das ferramentas online
Optar pelo auxílio de plataformas digitais para aprender é um ótimo recurso disponível que temos nos dias atuais. Existem incontáveis sites, aplicativos e afins que oferecem ótimos conteúdos para te ajudar a estudar com músicas, filmes, séries, jogos e etc.
3. Não tenha medo
O medo é outro inimigo que nos impede de avançar durante o aprendizado, justamente por causa dessa cobrança de falar como nativo. Procure desenvolver exercícios para conter esse temor (que apenas irá te atrasar).
Entenda que errar é um processo natural do aprendizado, então se desprenda desse sentimento e procure praticar o quanto puder. Afinal, seus objetivos só são alcançados quando você se esforça.
4. Pratique diariamente
Ter contato diário com a língua é muito importante para fixar seus conhecimentos. Até porque não existe nenhuma fórmula mágica quando o objetivo é se tornar fluente. Tente incluir o idioma no seu cotidiano e exercite-o, seja lendo, ouvindo, escrevendo ou treinando a pronúncia, não importa como apenas coloque tudo em prática, pois quanto mais praticamos melhor fixamos o conteúdo.
5. Tente repetir o que ouvir
Sempre que estiver estudando materiais auditivos (músicas, filmes, séries, podcasts e afins) procure repetir as frases e/ou expressões te chamarem a atenção.
Essa repetição fará com que você acabe memorizando as palavras e assim ampliando o seu vocabulário, seria algo semelhante a um bebê tentando replicar as falas dos adultos.
Aprender por associação é uma excelente forma de ter o conhecimento com você para sempre (por exemplo, sempre que vê uma maçã em um filme e alguém fala apple, automaticamente o seu cérebro associa uma coisa à outra). Baby steps, everyday – constance is your best friend when it comes to learn a new language #ficaadica
E então, qual é a sua opinião sobre a ideia de falar como nativo? Deixe nos comentários!
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Renata Vilani